Tenho descoberto que fazer a vontade de Deus não é algo fácil, mas é recompensador.
Posso dizer que depois do assalto meu relacionamento com Deus mudou. Eu já estava em um propósito (lendo a Bíblia e orando pra me fortalecer), mas depois do assalto, ao contrário de “chutar o balde”, eu decidi ser ainda mais fiel ao meu Deus e passei a ser muito mais grata pela vida e por tudo que tenho.
Após duas semanas do assalto fui visitar uma igreja com os jovens e lá entrei numa “crise de identidade espiritual” e pedi insistentemente que Deus falasse comigo. A dúvida consistia em “por quê/para que Deus havia me chamado?” Não precisei clamar muito. Logo meu líder se aproximou e me entregou uma profecia que dizia que Deus abriria uma porta muito grande na qual eu me alegraria muito (na verdade, eu não sabia mais o que era sorrir com o coração, tudo me remetia aquela sexta-feira atribulada). Disse que Deus se lembrava de todas as promessas que Ele havia feito pra mim. Que era pra eu me humilhar e descer mais.
Fiquei feliz com o que Deus havia dito, mas um tanto preocupada com o que as ultimas frases queriam dizer. Pra que eu não errasse de forma alguma, o “descer mais” considerei como “orar mais” e o “se humilhar” em ser mais humilde com as pessoas, já que de Deus eu estava totalmente dependente. Eu não sabia como ser mais humilde com os outros, então orei pedindo a Deus pra que Ele me ensinasse.
Na mesma semana, na faculdade, as meninas que fazem estágio comigo vieram me dizer que todo o grupo havia concordado em mentir à professora (por meio do Relatório) que haviam ido três ou quatro vezes aplicar o estágio, sendo que não havíamos ido nenhuma vez por causa dos contratempos na escola. Essa situação (do estágio estar atrasado) era algo que já estava me preocupando, mas o fato de mentir de forma alguma significava “solução” pra mim. Propus a elas para eu conversar com a professora para eu aplicar as aulas na escola onde trabalho (uma forma que eu tinha pra me desligar do grupo). Elas aceitaram. Ficaram com medo da professora achar estranho e descobrir a verdade sobre elas e eu também fiquei, tanto é que pedi pra que fossem comigo falar com a professora. Elas concordaram.
Deus falou profundamente comigo com essa situação. Que tipo de crente eu seria se eu concordasse em me contaminar com o pecado? Pensar em deixar de viver a experiência espiritual que eu estava vivendo me motivava a ser fiel a Deus. Não queria de forma alguma negar a Jesus em troca de qualquer coisa...
Com medo de prejudicá-las e até mesmo meu pedido não ser aceito pela professora (porque estávamos com o tempo avançado e a escola ser de difícil acesso pra ela ir me avaliar), comecei a orar em favor disso. Fiquei bastante angustiada em pensar que poderia dar tudo errado. No domingo a noite, no ápice da minha angustia, contei para o Wellington o que estava me entristecendo e pelas suas palavras fui fortalecida e encorajada a agir.
Na segunda-feira, indo para a faculdade, orei pedindo que se fosse da vontade de Deus que eu falasse com a professora, que ela estivesse na sala dela. Mas, se não fosse, que Deus desse um jeito de tirá-la de lá.
Chegando na sala da professora ela estava lá. Dei um passo pra trás, querendo recuar, mas a professora me viu e veio me atender. A professora aceitou numa boa! Saí da sala dela cantando. Agradecendo a Deus pela vitória. Não havia prejudicado o grupo e ainda ter o pedido aceito.
Fui e contei pra duas integrantes do grupo. Uma me tratou com rispidez, mas não liguei. Estava feliz (e até mesmo orgulhosa de fazer a coisa certa, por defender meus princípios cristãos). Mas o Diabo ele é sujo! Talvez eu tenha esquecido disso...
Na terça-feira, havia o congresso do SEMIC, no qual tinha que expor minha pesquisa. Passei o dia na PUC. No outro dia seria minha apresentação oral e eu estava preparando o material, um pouco antes da aula, quando as meninas me chamaram pra conversar. Fizeram uma pergunta sobre o ocorrido e sem com que eu terminasse, uma delas já entrava no meio, alterando a voz e querendo me “levantar pra dez”. O motivo? Eu havia ido sozinha falar com a professora, simples assim. E quando eu explicava uma coisa já achava logo outra pra querer brigar. A sala começava a ficar cheia e o pessoal da sala vendo tudo aquilo (eu como a má da história). Senti vontade de chorar, mas fui forte (pelo menos na frente delas).
Voltei para a minha carteira e molhei o relatório da pesquisa com as minhas lágrimas. Não pedi nada pra Deus apenas chorei com um sentimento de rejeição e humilhação, sabendo que Ele estava me contemplando.
Na quarta-feira de manhã era minha apresentação oral. Estava muito nervosa, mas deu tuuuudo certo. As avaliadoras me elogiaram muito, só faltaram elogiar a cor dos meus olhos! Rsrs Vale lembrar que eram duas doutoras em Educação e uma delas Ilma Passos Veiga, de Brasília.
Na quinta-feira, já tudo voltado ao seu normal, Deus tocou meu coração fazendo com que eu recordasse de tudo que eu havia vivido na semana.
Quem era a pessoa que havia me humilhado na terça-feira? Uma pessoa no mesmo patamar do que eu (pra não rebaixar tanto). Quem havia me elogiado na quarta-feira? Duas doutoras, com publicações em seus nomes, altamente conceituadas na academia. Deus me perguntou “Para quem você dará ouvidos?” Não pude responder, apenas agradeci a Deus, porque Ele é fiel. Meu pensamento se remeteu aquela profecia (de duas semanas atrás) e pensei comigo “Deus não estava brincando”.
Fiquei com isso no meu coração. Agora confiante!
Por volta das 15:00 horas da tarde a professora que me orientou na pesquisa me liga dizendo que a minha pesquisa havia ficado entre as 10 melhores (de 410 apresentadas no SEMIC!), e que eu iria apresentá-la novamente no SBPC. Até aí eu já sabia, então veio o detalhe todo especial: “o congresso será lá em São Luis, no Maranhão, e a PUC irá pagar tudo pra você ir até lá”.
Pense na minha alegria!!! A porta na qual Deus havia falado tinha se abrido diante de mim. Eu louvei a Deus mais uma vez pela sua fidelidade e digo que valeu a pena não negar meus princípios e ser forte diante das afrontas.
Estou vivendo os planos de Deus!
Minha princesinha amada, nem tem ideia do quanto te amo, fico mais do que feliz que Deus esteja lhe abençoando tanto, e sei que isso é apenas uma pontinha das maravilhas que estão por vir, pois você é completamente merecedora de todas essas bençãos! e como diz minha mãe: quem não quer uma Lidiane!!! um beijo minha linda!!! Parabéns!!!
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