terça-feira, 1 de novembro de 2011

Vivendo os planos de Deus


Tenho descoberto que fazer a vontade de Deus não é algo fácil, mas é recompensador.
Posso dizer que depois do assalto meu relacionamento com Deus mudou. Eu já estava em um propósito (lendo a Bíblia e orando pra me fortalecer), mas depois do assalto, ao contrário de “chutar o balde”, eu decidi ser ainda mais fiel ao meu Deus e passei a ser muito mais grata pela vida e por tudo que tenho.
Após duas semanas do assalto fui visitar uma igreja com os jovens e lá entrei numa “crise de identidade espiritual” e pedi insistentemente que Deus falasse comigo. A dúvida consistia em “por quê/para que Deus havia me chamado?” Não precisei clamar muito. Logo meu líder se aproximou e me entregou uma profecia que dizia que Deus abriria uma porta muito grande na qual eu me alegraria muito (na verdade, eu não sabia mais o que era sorrir com o coração, tudo me remetia aquela sexta-feira atribulada). Disse que Deus se lembrava de todas as promessas que Ele havia feito pra mim. Que era pra eu me humilhar e descer mais.
Fiquei feliz com o que Deus havia dito, mas um tanto preocupada com o que as ultimas frases queriam dizer. Pra que eu não errasse de forma alguma, o “descer mais” considerei como “orar mais” e o “se humilhar” em ser mais humilde com as pessoas, já que de Deus eu estava totalmente dependente. Eu não sabia como ser mais humilde com os outros, então orei pedindo a Deus pra que Ele me ensinasse.
Na mesma semana, na faculdade, as meninas que fazem estágio comigo vieram me dizer que todo o grupo havia concordado em mentir à professora (por meio do Relatório) que haviam ido três ou quatro vezes aplicar o estágio, sendo que não havíamos ido nenhuma vez por causa dos contratempos na escola. Essa situação (do estágio estar atrasado) era algo que já estava me preocupando, mas o fato de mentir de forma alguma significava “solução” pra mim. Propus a elas para eu conversar com a professora para eu aplicar as aulas na escola onde trabalho (uma forma que eu tinha pra me desligar do grupo). Elas aceitaram. Ficaram com medo da professora achar estranho e descobrir a verdade sobre elas e eu também fiquei, tanto é que pedi pra que fossem comigo falar com a professora. Elas concordaram.
Deus falou profundamente comigo com essa situação. Que tipo de crente eu seria se eu concordasse em me contaminar com o pecado? Pensar em deixar de viver a experiência espiritual que eu estava vivendo me motivava a ser fiel a Deus. Não queria de forma alguma negar a Jesus em troca de qualquer coisa...
Com medo de prejudicá-las e até mesmo meu pedido não ser aceito pela professora (porque estávamos com o tempo avançado e a escola ser de difícil acesso pra ela ir me avaliar), comecei a orar em favor disso. Fiquei bastante angustiada em pensar que poderia dar tudo errado. No domingo a noite, no ápice da minha angustia, contei para o Wellington o que estava me entristecendo e pelas suas palavras fui fortalecida e encorajada a agir.
Na segunda-feira, indo para a faculdade, orei pedindo que se fosse da vontade de Deus que eu falasse com a professora, que ela estivesse na sala dela. Mas, se não fosse, que Deus desse um jeito de tirá-la de lá.
Chegando na sala da professora ela estava lá. Dei um passo pra trás, querendo recuar, mas a professora me viu e veio me atender. A professora aceitou numa boa! Saí da sala dela cantando. Agradecendo a Deus pela vitória. Não havia prejudicado o grupo e ainda ter o pedido aceito.
Fui e contei pra duas integrantes do grupo. Uma me tratou com rispidez, mas não liguei. Estava feliz (e até mesmo orgulhosa de fazer a coisa certa, por defender meus princípios cristãos). Mas o Diabo ele é sujo! Talvez eu tenha esquecido disso...
Na terça-feira, havia o congresso do SEMIC, no qual tinha que expor minha pesquisa. Passei o dia na PUC. No outro dia seria minha apresentação oral e eu estava preparando o material, um pouco antes da aula, quando as meninas me chamaram pra conversar. Fizeram uma pergunta sobre o ocorrido e sem com que eu terminasse, uma delas já entrava no meio, alterando a voz e querendo me “levantar pra dez”. O motivo? Eu havia ido sozinha falar com a professora, simples assim. E quando eu explicava uma coisa já achava logo outra pra querer brigar. A sala começava a ficar cheia e o pessoal da sala vendo tudo aquilo (eu como a má da história). Senti vontade de chorar, mas fui forte (pelo menos na frente delas).
Voltei para a minha carteira e molhei o relatório da pesquisa com as minhas lágrimas. Não pedi nada pra Deus apenas chorei com um sentimento de rejeição e humilhação, sabendo que Ele estava me contemplando.
Na quarta-feira de manhã era minha apresentação oral. Estava muito nervosa, mas deu tuuuudo certo. As avaliadoras me elogiaram muito, só faltaram elogiar a cor dos meus olhos! Rsrs Vale lembrar que eram duas doutoras em Educação e uma delas Ilma Passos Veiga, de Brasília.



Na quinta-feira, já tudo voltado ao seu normal, Deus tocou meu coração fazendo com que eu recordasse de tudo que eu havia vivido na semana.
Quem era a pessoa que havia me humilhado na terça-feira? Uma pessoa no mesmo patamar do que eu (pra não rebaixar tanto). Quem havia me elogiado na quarta-feira? Duas doutoras, com publicações em seus nomes, altamente conceituadas na academia. Deus me perguntou “Para quem você dará ouvidos?” Não pude responder, apenas agradeci a Deus, porque Ele é fiel. Meu pensamento se remeteu aquela profecia (de duas semanas atrás) e pensei comigo “Deus não estava brincando”.
Fiquei com isso no meu coração. Agora confiante!
Por volta das 15:00 horas da tarde a professora que me orientou na pesquisa me liga dizendo que a minha pesquisa havia ficado entre as 10 melhores (de 410 apresentadas no SEMIC!), e que eu iria apresentá-la novamente no SBPC. Até aí eu já sabia, então veio o detalhe todo especial: “o congresso será lá em São Luis, no Maranhão, e a PUC irá pagar tudo pra você ir até lá”.
Pense na minha alegria!!! A porta na qual Deus havia falado tinha se abrido diante de mim. Eu louvei a Deus mais uma vez pela sua fidelidade e digo que valeu a pena não negar meus princípios e ser forte diante das afrontas.
Estou vivendo os planos de Deus!